sexta-feira, outubro 30, 2009

Idiossincrasias



Vi estas imagens por aí num artigo sobre nomes infelizes para carros e, apesar de adorar automóveis, o meu cérebro divergiu logo para outras paragens. Pensei nas múltiplas mulheres que me têm atormentado há largo tempo a esta parte, uma das quais todos os que me conhecem ou que me lêem aqui facilmente imaginarão quem seja.
Ainda não fui porcinada desta feita, o que é um motivo bem válido para me sentir feliz, mas estou tão frustrada com a perspectiva de um fim-de-semana de trabalho árduo de correcção de testes (em pleno Halloween, que diabos!) e de preparação de aulas, que não resisti à vontade de descarregar a minha raiva de forma vernacular, ainda que contextualizada e subtil, como convém. Preferia, contudo, estar a partilhar algo mais criativo ou interessante ou inovador ou, pelo menos, minimamente inspirado, mas não há qualquer hipótese de fazê-lo por escassez temporal, portanto deixo só o desabafo que não consigo abafar.
Já agora, para quando um bólide The Vagina, La Vache, La Cabra ou afim? E ainda há quem duvide que o imaginário masculino está incontornavelmente povoado pelo universo feminino. Basta lembrar que até a garrafa da Coca-Cola foi inspirada nas curvas da Mae West.

6 comentários:

Jorge disse...

AHAHAHAHAHAHAH... Espera aí, deixa-me voltar a sentar na cadeira, que isto de rir e tentar escrever a partir do chão, rebolando ao mesmo tempo, é difícil até para acrobatas...

Amiga, no teu caso, os sintomas de gripe serão mais sintomas de criatividade e bom humor! A sério, espero que os atchins e a temperatura acima do normal tenham sido passageiros. Eu não tenho essa capacidade de resistência à febre, a partir de 37,5 já estou a pedir tréguas. Mas não me preocupo com a gripe dos porcos - de qualquer modo convivo com muitos, e como são eles que dirigem e regulam as nossas vidas, já devo estar imune.

Virando ao foro automobilístico, estou em crer que o nome de série vaginal-vernacular do primeiro popó terá sido um acaso, a menos que tivesse havido um português brincalhão metido no assunto. E, pensando bem, a ter sido esse o caso, não teria sido português de Portugal. Talvez de Moçambique ou Angola: experimenta dizer a marca seguida de "...do minha tia", por exemplo, e chegas à mesma conclusão que eu.
No segundo carrito é óbvia a degenerescência publicitária, produto de alguém com um sentido de humor perverso e que toma como certo que o público-alvo daquele veículo urbano será preferencialmente do sexo feminino. Mentes ainda mais maldosas - não a minha, pois isso jamais me passaria pela cabeça - diriam que o nome do modelo encerra uma subreptícia homenagem a pessoa geneticamente muito próxima do genial publicitário.

E cá em Portugal - lembras-te do sabonete Rexina da nossa infância? No Brasil era Rexona, mas Salazar impôs a mudança da vogal quando o produto começou a ser comercializado aqui, não fosse a publicidade ferir ouvidos menos apurados.

Amiga: boa recuperação e ânimo para o fim de semana de testes (eu tenho o mesmo "programa de festas"). Beijocas

samartaime disse...

Caramba! Tenho um mazda, de outro modelo, é um belíssimo carro que recomendo porque é muito ágil, seguro, confortável, tecnologicamente avançado e que não dá problemas - coisa rara. Quando há revisões, arranjam-me um de substituição. Da última vez, andei com um destes e não dei por nada!
Vou roubar aqui a foto e vou protestar ruidosamente com eles!
Que ódio!

Kika disse...

Amigo Jorge, já viste que fixe pôr-te a rir às oito e meia da manhã? Pois fico contente! Já estou porreira, obrigada, só não sei é por quanto tempo. Hoje tive que levar uma pita para a sala do isolamento, mas ela vá de chorar que aquilo era muito isolado e bagueq bagueq e pronto, lá fiquei de dama de companhia. Que se lixe, o que for será.
Mais uma vez reitero que essa tua língua viperina faz-me alta concorrência! Ainda bem que andas virado para as fotos ;-)Essa dos porcos que regulam e dirigem as nossa vidas é "celente"!
Já o Ascona, que adorei rever porque sempre me parti a rir com esse bólide, é baptizado pelos alemães, como tal acho que os tugas não meteram a colherada. Contudo, ou os tipos fazem realmente de propósito, ou deviam ter o cuidado de traduzir para algumas línguas o nome com que baptizam os andantes.
O Salazar censurou o Rexona? Que curte! Pobre do velhote, como se não bastasse rebaptizarem a sua ponte de 25 de Abril, ainda puseram o Rexona a circular no mercado já há uns tempos. Não deste conta? Bom, é melhor estar calada, que eu cá sou morcona, eh, eh.
Beijocas e boa tortura. Pensando bem, olha que os fins-de-semana não são pagos!


Samartime, pois com este nick não sei qual é o teu sexo, mas teres andado no LAPUTA foi uma proeza da qual muitos não se poderão gabar, principalmente com conhecimento de causa. Acho que se tivesse um carro destes punha-me a gozar de grande com o pessoal, principalmente quando me chamassem nomes feios no trânsito, eh, eh. Olha que protestar com eles por esta razão também pode ser altamente divertido!

samartaime disse...

Sou mulher, se não fosse mulher não me enfurecia com o facto! lol

Bom, vamos ao que interessa: falei para a Mazda por causa do Mazda 2 se chamar «Laputa». Garantiram-me que o carro nunca teve esse nome em Portugal e que não têm conhecimento que se chamasse assim em qualquer lado. A Mazda identifica os modelos com números, apenas - e isso eu posso confirmar porque nunca vi outra referência que o número do modelo. E que, além disso, esse modelo do Mazda 2 acabou em 2007.
Pediram-me para lhes enviar a foto e já enviei. Pareceram-me verdadeiramente surpreendidos - mas nunca fiando!

Quanto ao Ford Ascona, velhíssimo, cá em Portugal chamava-se só Ford SR 1.9.

E ainda há os «acidentes»: por exemplo, o jeep «Mitsubishi Pajero» em Espanha chama-se «Mitsubishi Montero» porque «pajero» significa «paneleiro» em castelhano.

E houve um embaixador espanhol que o Salazar recusou porque se chamava Porras Y Porras e o velho achou não era decente. Claro que é de rir, mas não deixaria de ser embaraçoso aos brandos costumes anunciar «Sua Excia o Sr. Embaixador Porras y Porras!» - eu cá, no minimo, largava a rir!

samartaime disse...

A Mazda/Japãp informou que esse
modelo Mazda 2 de facto foi comercializado exclusivamente no Japão com o nome «laputa» que tem um significado completamente diferente em japonês.

No entanto, não disseram qual o significado em japonês. Donde... vou «informar-me». lol

Kika disse...

Samartime, se contactaste os japoneses tiro-te o chapéu, pois não pensei que te desses ao trabalho. Entretanto não creio que exista tal palavra em japonês, mas tudo é possível já que também existe a palavra janela.
Quanto ao Porras y Porras, pobre homem. Só podia realmente ser embaixador num país onde não fizessem ideia do significado de tal nome. Imagino o embaraço que causou ao Toninho!