



Mas as manobras de diversão continuam. A máquina não pára! Agora é a distribuição jorrante de Cagalhães e a interiorização de que caminhamos para o desenvolvimento tecnológico. Quem acredita ainda? Estou em crer que só os mais distraídos ou desinformados, o que é bastante frequente ainda em Portugal. Pois desenganem-se os que pensam que a qualidade do ensino melhorou ou que os professores são um bando de preguiçosos que se borram de medo de ser avaliados. Como consta já neste blogue, eu sou a favor da avaliação. Contudo, jamais nestes moldes persecutórios, arbitrários e ilegais. Nenhuma outra classe é avaliada desta forma e, se tudo correr pelo melhor e as pessoas continuarem a prezar a verticalidade que nos descolou as patas do chão e nos prendou com mãos, a Sra. Lurdes não vai levar a sua avante. A diarreia mental que se apossou do Ministério da Educação, e que nos tem salpicado a todos com maior ou menor intensidade, vai ficar a arroz e bananinhas para ver se estanca. Múltiplas têm sido as escolas a aderir ao boicote e estou em crer que, desta feita, o movimento não vai parar.
Se alguém se julgar no direito de contestar estas palavras faça-me apenas um favor: informe-se, documente-se, fale com propriedade. Para exibições de ignorância alarve já nos chega o beberrão do Sousa Tavares!
Até há relativamente pouco tempo tinha muito prazer e orgulho na minha profissão. Nunca me queixei de nada nem de ninguém. Consegui sempre investir na minha formação pessoal (é preciso receber para poder dar), dinamizar múltiplas actividades extra-curriculares ao longo do ano lectivo e exibir um real semblante de satisfação. Hoje sou alguém que trabalha por obrigação, que anseia pelo fim-de-semana e pelas férias e que apenas nada alterou com os seus alunos, pois trabalhar com seres humanos tem esta contrariedade: não podemos mandar tudo às urtigas. Senão a Sra. Lurdes ia enfiar as suas demenciais directrizes no buraco mais estreito que tivesse no corpo e arranjar outra vítima sobre quem descarregar as suas, por certo, cavalares frustrações.