quinta-feira, novembro 27, 2008

Publicidade com neurónios

A prova de que a publicidade não é só poluição visual, lixo a entupir a caixa do correio ou atentado ecológico.
As que surgem aqui constituem um excelente exercício de criatividade e produzem um efeito imediato e impactante.




Campanha contra a exclusão, Cidade do México: "Somebody lives with HIV. Nobody wants to play with him. Be like nobody."


Terapia de choque para condutores sedentos.



Grande lebre! Assim nem eram precisos transportes.


Home sweet home!


Aquando do lançamento do filme dos Simpsons, em Inglaterra.
Homer Simpson, igual a si próprio, no lançamento do Donut.
Haja pontaria!



Esta marca insiste que o seu som é real. E o mau hálito?!


"You eat what you touch"
Prefiro o inverso.



Forte! Muito bom.


Publicidade subliminar no seu melhor.





Humor negro (Eh, eh, mas com dentes!)



A higiene é inimiga do planeta. Urge encontrar alternativas.
Antes badalhocos mas vivos!

segunda-feira, novembro 24, 2008

Femina

Peter Adams


Dale Jordan


Alex Kristov


Três visões distintas, e na minha óptica belíssimas, do corpo feminino.
Não vale a pena questionar a minha orientação sexual, quando muito o meu narcisismo enquanto fêmea. E a escassez de imagens similares de corpos masculinos. Pudor absurdo dos machos? Lacuna dos fotógrafos? Falta de aderência do público feminino? Não sei. Se calhar as minhas deambulações é que não têm sido frutíferas...
Acima de tudo, tributo ao árduo percurso das mulheres, cuja travessia na conquista de uma posição igualitária tem sido notável. Parte deste êxito deve-se contudo, e convém ressaltá-lo, ao contributo de tantos homens que fazem jus a essa denominação.
Sinto-me grata por viver no século XXI, apesar de umas quantas arestas que ainda é preciso limar.

Walter Raes

Espreitadela ao irrequieto universo do design

Lord S
ou uma visão pragmática dos cestos de compras


The 1960's Coat Stand
ou como um poste desgrenhado também pode ser útil

Bored Housewife Throne
ou a desnecessidade de comentar o óbvio

Brainstorming invernoso

É fantástico sentir saudades daquilo que nunca se experienciou. Vêm-me desejos súbitos de neve abundante, quando nunca vi tombar do céu mais do que tímidos flocos que a custo atapetaram o chão de branco. Mas já vi nevar em Paris, cidade que mais vezes visitei e da qual sinto ganas permanentes, sem também perceber de facto porquê.
De onde fluem estes ímpetos? De anteriores encarnações? Seria estrondoso e apaziguador acreditar em tal.
Caramba, que sede de viajar!

(foto Julien Roumagnac)

quinta-feira, novembro 20, 2008

Fêmeas



Deambular pela Net traz destas surpresas. O autor destas fotos é Cristophe Gilbert.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Nick Veasey

Uma outra forma de olhar o real. Em pleno século XXI é difícil inovar. Tão somente por isso, é de tirar o chapéu ao seu autor. E esteticamente também resulta, na minha óptica.


Tal pai, tal filha. Similares na estrutura interna, distintos no carácter. É tudo uma questão de coluna vertebral.

Todos diferentes, todos iguais. Tenda de campismo colectiva. Que incómoda promiscuidade... Emigrem vizinhos!

Mau grado o momento, que nunca nos falte o glamour.

Outra visão dos transportes públicos. Bem mais lúdica e menos odorífera. Que utopia!

Esticaram o dedo errado. Que bem comportados! São, por certo, ossos portugueses.

Ruído, ferrugem e mais do mesmo


Disse textualmente, e eu atrevi-me a pontuar, Manuela Ferreira Leite: "Eu não acredito em reformas, (aqui é um parênteses, nitidamente) quando se está em democracia, quando não se está em democracia, é outra conversa: eu digo como é que é e faz-se! E até não sei se a certa altura é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia, bom!... Agora, em democracia, efectivamente, (retomada da ideia inicial) não se pode hostilizar uma classe social, ou uma classe profissional, melhor dizendo, para de seguida ter toda... ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar, porque nessa altura estão eles todos contra."
É óbvio que a sintaxe não é o forte da Dra. Ferreira Leite. Daí até à palhaçada que se instaurou hoje na comunicação social e no teatro político, vai uma distância abissal! Penso que se trata, para não variar, de meras manobras de diversão para distrair a atenção do que é fulcral nesta mensagem, a saber: a prepotência, o autismo e a mão de ferro com que José Sócrates pretende desgovernar este país; os novos significados que contraiu a palavra negociação em Portugal, que agora significa, após o desacordo ortográfico em versão revista e piorada por Maria de Lurdes Rodrigues, "eu negoceio impondo, tu obedeces e não bufas, eles imitam-te abanando o rabo". Ou será que estes vetustos indivíduos, que tanto se excitaram com esta mensagem, têm problemas de compreensão da língua materna decorrentes da leccionação ineficaz de docentes do atrasado, profissionais que não eram ilegalmente avaliados pelos seus pares, ou seja, por indivíduos que são parte integrante e interessada de todo o processo? A propósito desta questão, e para os cépticos que continuam a achar que a ministra tem razão e que este modelo deve avançar, aqui vai a respectiva informação legal retirada do Código do Procedimento Administrativo, sendo que esta é apenas uma das múltiplas pontas do icebergue:SECÇÃO IV
Das garantias de imparcialidade

Artigo 44º
Casos de impedimento

Nenhum titular de órgão ou agente da Administração Pública pode intervir em procedimento administrativo ou em acto ou contrato de direito público ou privado da Administração Pública nos seguintes casos:
a) Quando nele tenha interesse, por si, como representante ou como gestor de negócios de outra pessoa; (...)
Ora o avaliador, em quem foram delegadas competências, tem em mãos um caso de impedimento, uma vez que, sendo candidato às mesmas quotas, tem interesse directo no acto.
Ainda assim, e voltando atrás, é pena que a Dra. Ferreira Leite, cuja passagem pelo Ensino e pelas Finanças também foi pautada por um enorme espírito anti-democrático, não use o seu muito característico despotismo para arranhar o PS e fazer uma oposição condigna e construtiva, coisa que até agora não vimos minimamente. Ou a senhora está a esmorecer com a idade ou só canta de galo quando está no poleiro. Assim também eu!!! 

sexta-feira, novembro 14, 2008

Gavetices


Há dias em que sinto também este ímpeto. Enfiar-me numa gaveta e permanecer bem quieta, enroladinha e em silêncio. Geralmente ocorre-me quando trabalhar é mesmo uma tortura, ou ver caras pouco amistosas um suplício, ou quando sei que vou ter que fingir interesse por conversas absurdas e ridículas, ou simplesmente quando a ideia de ter que interagir com outros seres humanos é demasiado penosa.
Há quem deseje os lençóis de linho, como o Camilo Pessanha, ou enfiar a cabeça num balde, como o Pessoa. A mim apetece-me simplesmente engavetar-me, visto que já passei a idade do armário. E ficar bem arrumadinha, ali esquecida, até que as nuvens negras dêem lugar a um sol luminoso, quente e doce.

(foto Alison Brady)

terça-feira, novembro 11, 2008

Está na hora!

"Está na hora, está na hora, da Ministra ir embora!" Irra! Adeusinho e até nunca mais!
Eu também lá estive, na maior manifestação de sempre de uma classe profissional em terras lusas. Nunca me tinha encontrado no meio de tão genuíno mar de gente, apesar de gostar futebol e de ser assídua em mega-concertos musicais. Porém, em nenhum momento me senti claustrofobizada ou amedrontada. A educação da minha classe profissional honra o seu título de professores, indivíduos que demonstram o que é o civismo de forma exemplar. Pessoas desiludidas perante o autismo e a prepotência de uma criatura inqualificável, para quem expressões como orgulho, brio ou vergonha no trombilo nada significam. Nunca assisti neste país a um tal enxovalhamento de um membro governamental, nunca vi ninguém mentir com tal descaramento, nunca conheci alguém que perante uma tão incontornável manifestação de desprezo não percebesse que era tempo de virar as costas e de esperar pelo anonimato apaziguador. Que incrível masoquista, esta Sra. Lurdes! Não sou do tempo do Salazar, mas creio que esta Salazarenta vai ficar para a História como uma nódoa talvez ainda mais negra, odiosa e odiada.
Por isso a chuva de ovos com que foi hoje alvejada em Fafe encheu-me de alegria! Bravo aos alunos! Parabéns ao Norte! Lamento não ser ainda estudante, pois teria lá estado era com estrume, revivendo os tempos áureos da vida académica em que, no cortejo de estudantes lisboetas, os tipos de agronomia nos presenteavam com excrementos de diferentes bicharocos. Coisa saudável, muito ecológica e biodegradável, como está em voga. A César o que é de César!
A minha paciência esgotou-se! E felizmente não estou só. Os representantes dos encarregados de educação com quem me cruzei por estes dias nas reuniões intercalares estão ainda mais indignados. Perceberam finalmente a falácia de um sistema que, em troca de resultados aceitáveis e de estatísticas que salvem a honra do convento, falseia a realidade e os presenteia com filhos semi-analfabetos em pleno ensino secundário. Perceberam por fim que esses filhos estão condenados ao insucesso pois não têm pernas para andar, a menos que o 12º ano passe a ser a escolaridade obrigatória e cheguem então alunos semi-analfabetos às universidades portuguesas. Resta saber que factura pagará o país por tais desmandos num futuro próximo...
Chega! Morra a Lurdes, morra, pim! (grande Almada Negreiros!) Está na hora, está na hora, da Ministra ir embora! Vai Sra. Lurdes! E leva o Fócrates contigo!

(foto de Martin Andreasen)

A Ministra antes da Manif

Se lermos as legendas com atenção, constatamos que são ditas grandes verdades de forma satírica e bem humorada. E nunca o humor foi tão necessário para encarar este clima de insanidade que se instalou ultimamente no nosso dia-a-dia.
Percebemos também que todos os ditadores têm algo em comum: são odiosos e feios!