terça-feira, agosto 04, 2009

Graffiti

A palavra graffiti é italiana, plural de graffito, sendo o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano. Tornou-se mais contemporaneamente uma forma de arte urbana que aprecio imenso, excepto quando os seus autores confundem poluição visual com expressão plástica ou quando não atinam com a escolha dos locais. Como em outros campos, trata-se de uma questão social e seria muito pertinente, no nosso país, pensar em educar a população nesse sentido.
Nos Estados Unidos, por exemplo, alguém que seja apanhado a pichar uma parede é multado e passa a noite na cadeia. Contudo, há locais que são facultados especialmente para o efeito, podendo cada um dar livre curso à sua imaginação. Recentemente em França, cuja capital começou a ser inundada por tags pouco aprazíveis em edifícios históricos, a Câmara obrigou os indivíduos a eliminar os estragos, facultando-lhes igualmente locais adequados para tal prática. Para quando tais medidas por cá?
Um dos mais célebres grafiteiros foi o artista norte-americano Jean-Michel Basquiat, que se popularizou no final dos anos 70 pelas mensagens poéticas que deixava nos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente foi catalogado como neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX.
Os exemplos que se seguem, oriundos de diferentes locais, foram retirados do site de Banksy, que vale a pena visitar pois contém mais graffitis interessantes, desenhos e filmes. Achei particularmente bem apanhados os de New Orleans, dado o contexto específico da cidade após a passagem do furacão Katrina.
Banksy tem 34 anos e nasceu em Bristol, Inglaterra. Poucos conhecem a sua aparência pois aparece sempre de chapéu, nariz e barba falsos. O museu de Bristol expôs este Verão as suas obras pela primeira vez. A este propósito, Banksy comentou: "Este é o primeiro espectáculo que monto no qual o dinheiro dos contribuintes é utilizado para criar as obras em vez de apagá-las". Este indivíduo, que já colocou clandestinamente obras suas no Louvre, tem uma visão peculiar do real, o que se constata não só nos seus trabalhos, mas também nas suas máximas: "Quando eu era miúdo costumava rezar todas as noites por uma bicicleta. Entretanto percebi que Deus não funciona dessa forma, portanto roubei uma e rezei pelo perdão".






















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